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Descoberta de minério de ferro faz investimentos correrem rumo ao cerrado
08 de Jan de 2025 | 10:00hDescoberta de minério de ferro faz investimentos correrem rumo ao cerrado Pesquisas descobriram que o subsolo de Grão Mogol e o de 19 cidades vizinhas encobrem jazidas estimadas em 20 bilhões de toneladas de minério de ferro. A descoberta deflagrou uma corrida de investimentos na área. Apenas quatro empreendimentos vão aportar R$ 7 bilhões, impulsionando a geração de emprego – a projeção é de 10 mil vagas diretas – e estimulando empresários do comércio e de serviços a ampliar seus negócios para atender a futura demanda “Deve ocorrer uma pujança econômica”, acredita Paulo Sérgio Machado Ribeiro, subsecretário de Política Mineral e Energética do governo de Minas. Um dos principais investidores é a Mineração Minas Bahia (Miba), que iniciou a sondagem numa área de 8 mil hectares em Grão Mogol . A empresa acredita que poderá retirar, em média, 20 milhões de toneladas de ferro por mês no local. Para isso, deve aplicar R$ 3,6 bilhões De olho na gorda cifra, que corresponde à metade do orçamento anual da Prefeitura de Belo Horizonte, empresários de Grão Mogol e região se apressam para garantir alguma fatia. Diná da Costa e sócios, por exemplo, levantaram R$ 2 milhões para erguer o Hotel Paraíso das Águas, com 80 leitos. O empreendimento foi inaugurado há poucas semanas: “Já fechamos convênio com algumas mineradoras. Começa uma nova era na cidade”. A alegria é semelhante à de dona Rosa Jaconett, proprietária de um restaurante no povoado de Bucaina, vizinho ao canteiro de obras montado pela Miba. Diariamente, ela serve 60 refeições apenas para os empregados da mineradora. A Sul Americana Metais, em parceria com a chinesa Honbridge Holdings Limited, também faz estudo em Grão Mogol e vizinhança. O aporte deve somar R$ 3,2 bilhões e será aplicado na extração e no beneficiamento do insumo, além de mineroduto até o porto marítimo na Bahia. Já a Vale do Rio Doce pode despejar R$ 560 milhões na extração do minério na região. Um dos municípios que despertaram o interesse da ex-estatal é Rio Pardo de Minas. Hoje, o minério, como dizem os moradores, aflora no cerrado de Rio Pardo de Minas. Porteirinha, com cerca de 35 mil habitantes, é outro município que deve surfar na onda da mineração. Na década de 1980, a cidade experimentou riqueza com a produção de algodão. A cultura entrou em declínio poucos anos depois e, atualmente, a possibilidade de o minério impulsionar a economia do local cria boas expectativas nos moradores. Adail Pinheiro é um deles. Dono de uma papelaria, ele decidiu investir R$ 1,4 milhão na construção de um hotel com 38 apartamentos. “Acredito que apenas os funcionários da mineradora vão lotar o hotel”, sonha Pinheiro. A mulher dele, Maria Lúcia Ruas Pinheiro, também quer aproveitar a pujança desejada pelo marido e começou a construir um restaurante em Porteirinha. O casal é amigo de Antônio Carlos de Matos, dono de uma revenda de material de construção. Ele conta que o volume de vendas cresceu muito nos últimos meses. Eufórico, começou a erguer casas: “Vendi cinco em três meses”. O preço médio de cada imóvel, com 56 metros quadrados de área construída, é R$ 85 mil. FONTE:Luiz Ribeiro/ Jornal Estado de Minas VIA GAZETA DE ARAÇUAÍ
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