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Governo Federal prioriza 15 Municípios do Vale para receberem Médicos
12 de Jan de 2025 | 10:00hGoverno Federal prioriza 15 Municípios do Vale para receberem Médicos Minas Gerais tem 78 municípios considerados prioritários, com menos de um médico para cada grupo de mil habitantes ou sem nenhum profissional morando no local. 44 municípios estão no Vale do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas O profissional que se transferir para alguma destas cidades receberá salário de R$ 10 mil e um bônus de R$ 20 mil. No pacote anunciado no dia 08.07.13, pela presidente Dilma Rousseff dentro do Programa Mais Médicos, Minas Gerais tem 78 cidades prioritárias para receber os profissionais da saúde. Mais da metade delas está no Norte de Minas (26), Vale do Jequitinhonha (15) e Mucuri (03), regiões mais carentes do estado, que receberão 44 médicos, no total. De acordo com o Ministério da Saúde, a lista de municípios foi elaborada com base na carência de profissionais de cada local e na vulnerabilidade social, mas, segundo estudo feito pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), a carência é muito maior. Conforme o Estado de Minas publicou domingo, 209 dos 853 municípios mineiros não têm médicos. Outros 148 (17,3%) contam com apenas um profissional. Em todo o país, as medidas vão abranger 1.557 cidades. O Ministério da Saúde informou, no entanto, que a lista dos municípios prioritários não é definitiva e qualquer cidade pode se candidatar a receber médicos. Segundo dados do CRM-mg, são 38.680 profissionais em Minas, com 1,97 médico para cada mil habitantes. Porém, maioria dos profissionais prefere morar na capital. A média nacional é de 1,83 médico para mil habitantes. Também aparecem na lista cidades das regiões Central, Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Noroeste, Sul e Centro-Oeste do estado. Na Grande BH, Santa Luzia é um dos lugares citados. O Estado de Minas mostrou que a prefeitura é a que oferece o salário mais alto da região (R$ 15.000) e, mesmo assim, tem vagas abertas para médicos. A medida da presidente foi comemorada por prefeitos. Emerson Pinheiro Ruas, por exemplo, de Santo Antônio do Jacinto, no Jequitinhonha, disse que conseguiu contratar um médico oferecendo a ele R$ 23 mil. “Precisamos de pelo menos mais dois médicos e falta dinheiro para a contratação. Por isso, o programa vai ser bom para o município, que está a 820 quilômetros de BH, na divisa com a Bahia, onde os médicos não querem morar”, afirmou. A cidade de 12,1 mil habitantes, incluída na lista do Ministério da Saúde, tem cinco postos do Programa de Saúde da Família (PSF). Segundo o prefeito, para manter cada um deles, a prefeitura gasta em torno de R$ 30 mil por mês. “Desse montante, só recebemos R$ 10 mil, que ajudam no pagamento do médico, o resto temos que completar.” Mesmo otimista, o gestor critica. “Somente contratar médicos não resolve. É preciso que o governo faça um repasse que seja suficiente para pagar o salário integral do médico e nos envie recursos para pagar também dentista, enfermeiro e técnico de enfermagem.” Recursos O prefeito Joel Ferreira Lima, de Ibiracatu, no Norte do estado, disse que a inclusão do município na lista do programa Mais Médicos alivia o que é hoje um peso nas finanças das prefeituras: o envio de moradores para fazer tratamentos e consultas em outras cidades. No local de 6,1 mil habitantes, o prefeito conta que, todos os dias, de 15 a 20 pessoas são levadas para Montes Claros, a 150 quilômetros de distância, e Brasília de Minas, a 70 km. OS 44 MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA, MUCURI E NORTE DE MINAS QUE VÃO GANHAR MÉDICOS DO GOVERNO FEDERAL. Cidades que terão prioridade para receber profissionais pelas regras do Programa Mais Médicos (segundo critérios de vulnerabilidade social) Bonito de Minas - Norte de Minas Botumirim - Vale do Jequitinhonha/ Norte de Minas Cachoeira de Pajeú - Vale do Jequitinhonha Catuti - Norte de Minas Comercinho - Vale do Jequitinhonha Cônego Marinho - Norte de Minas Coração de Jesus - Norte de Minas Cristália - Vale do Jequitinhonha/Norte de Minas Curral de Dentro - Norte de Minas Felício dos Santos - Vale do Jequitinhonha Felisburgo - Vale do Jequitinhonha Gameleiras - Norte de Minas Ibiracatu - Norte de Minas Icaraí de Minas - Norte de Minas Itacambira - Norte de Minas Januária - Norte de Minas Joaíma - Vale do Jequitinhonha Juvenília - Norte de Minas Ladainha - Vale do Mucuri Luislândia - Norte de Minas Mamonas - Norte de Minas Manga - Norte de Minas Miravânia - Norte de Minas Montalvânia - Norte de Minas Monte Formoso - Vale do Jequitinhonha Ninheira - Norte de Minas Ouro Verde de Minas - Vale do Mucuri Padre Paraíso - Vale do Jequitinhonha Pai Pedro - Norte de Minas Patis - Norte de Minas Pintópolis - Norte de Minas Ponto dos Volantes - Vale do Jequitinhonha Rio Pardo de Minas - Vale do Jequitinhonha / Norte de Minas Rubelita - Vale do Jequitinhonha Santa Cruz de Salinas - Vale do Jequitinhonha / Norte de Minas Santa Helena de Minas - Vale do Mucuri Santo Antônio do Jacinto - Vale do Jequitinhonha Santo Antônio do Retiro - Norte de Minas São Francisco - Norte de Minas São João da Ponte - Norte de Minas São João das Missões - Norte de Minas São João do Pacuí - Norte de Minas Ubaí- Norte de Minas Virgem da Lapa - Vale do Jequitinhonha Fonte: Ministério da Saúde Enfermeiros e dentistas na mira As mudanças propostas pelo governo na formação médica podem ser estendidas a outras profissões da área da saúde. Um grupo formado no Conselho Nacional da Educação (CNE) discute alterações na grade curricular e a possível inclusão de um segundo ciclo acadêmico para estudantes de enfermagem, odontologia e nutrição, entre outros. Algumas entidades, como o Conselho Federal de Odontologia (CFO), também debatem alterações. Na avaliação do conselheiro Amaury Angelo Gonzaga, do Conselho Federal de Enfermagem, caso ocorram alterações, elas serão muito bem-vindas. “É inadmissível que se faça uma formação para que o profissional fique longe da população. A atenção básica à saúde é o carro-chefe para o bom funcionamento de qualquer sistema de saúde.” Amaury defende que uma mudança nas outras profissões da saúde deve ser feita em breve. De acordo com o MEC, no entanto, a prioridade no momento é a regulamentação do segundo ciclo de formação em medicina. Fonte: Estado de Minas, com alterações, Via Blog do Banu
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