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Polícia mantém sigilo sobre investigação de menina desaparecida há quase 30 dias
13 de Jan de 2025 | 10:00hPolícia mantém sigilo sobre investigação de menina desaparecida há quase 30 dias O sumiço de Emily Ketlem Ferrari Campos, de 8 anos, está próximo de completar um mês e a polícia decidiu mudar de tática e manter a investigação sob sigilo. O delegado Luiz Carlos Freitas Nascimento, responsável pelo caso, informou que a mudança é para "não alertar as pessoas que levaram a menina". A criança foi vista pela última vez no dia 4 de maio, quando brincava em frente a sua casa, no município de Rio Pardo de Minas, no Vale do Jequitinhonha. Desde lá, diversas hipóteses foram levantadas sobre seu desaparecimento, mas o mistério não foi desvendado. Os três investigadores da Delegacia Especializada em Localização de Pessoa Desaparecida de Belo Horizonte que foram para a cidade auxiliar nas buscas já retornaram para a capital mineira. A equipe desembarcou em Rio Pardo de Minas no dia 15 e, até sexta-feira (31), contribuiu com as investigações. "Se for necessário eles retornam", garantiu Luiz Carlos. Mesmo mantendo sigilo sobre o caso, o delegado informou que novas diligiências e outras testemunhas serão ouvidas na próxima segunda-feira (3). Ele contou, também, que está tentando recuperar as imagens feitas pelo sistema de segurança de uma loja de informática que fica na rua onde Emily morava. O vídeo não chegou a registrar o sumiço da criança, já que um toldo do estabelecimento restrigiu as imagens. Contudo, o policial acredita que o material possa ajudar na investigação. Conforme o delegado, o computador da loja só armazena imagens feitas pelos últimos dois dias. Buscas Até o momento, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros já realizou buscas por Emily no rio Pardo, que corta a cidade, e em matas que ficam nas imediações do município, mas nenhum sinal da menina foi encontrado. Além disso, já foram descartadas as possibilidades da criança ter passado pela rodoviária e por um shopping de Montes Claros após seu desaparecimento. Inquérito Segundo o delegado, o inquérito sobre o desaparecimento de Emily já tem quase 500 páginas. No total, 50 pessoas já foram ouvidas e acareadas durante as investigações. Em entrevista anterior, Luiz Carlos Freitas Nascimento afirmou que “todo mundo é suspeito, até mesmo os pais, que são separados há quatro anos”. Emily teria recebido ameaças de pessoas próximas à família dela e essa pode ser uma das linhas de apuração para chegar até o paradeiro da criança. O sigilo telefônico dos suspeitos de terem desaparecido com a menina foi autorizado pela Justiça no último dia 16. O delegado Luiz Cláudio aguarda o envio da relação de ligações das operadoras de telefonia. Desaparecida Emily Ketlem, que possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.), que se caracteriza por frequente comportamento de desatenção e inquietude. Ela sumiu enquanto brincava na porta de casa, no último dia 4, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, bairro Cidade Alta. Os pais da criança são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas. Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. Um carro preto teria sido visto rondando a residência no dia do crime. No dia 17 de maio, Emily completou 8 anos, mas a festa que teria bolo de princesas acabou sendo adiada. De acordo com uma tia da menina, ela estava eufórica com a proximidade do aniversário e até a lista de convidados estava pronta. Como ainda está na fase de alfabetização, a garota pediu para que os parentes soletrarem os nomes dos amiguinhos que gostaria de convidar para a comemoração. A festa seria feita no no dia 12, coincidindo com o Dia das Mães. Fonte: HD,Via Gazeta de Araçuaí
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