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Buscas por menina desaparecida vão se concentrar em matas

13 de Jan de 2025 | 10:00h

Buscas por menina desaparecida vão se concentrar em matas Após 16 dias de desaparecimento, as buscas pela menina Emily Ketlem Ferrari Campos, de 8 anos, vão se concentrar em matas na zona rural de Rio Pardo de Minas, no Vale do Jequitinhonha. Nesta terça-feira (21), os policiais civis da cidade e a equipe de investigadores da Delegacia Especializada em Localização de Pessoa Desaparecida de Belo Horizonte irão rastrear locais por onde a criança possa ter passado. Além disso, outra testemunha será ouvida. Nesta segunda-feira (20) duas pessoas prestaram esclarecimentos, mas o delegado Luiz Carlos Freitas Nascimento, responsável pelo caso, não quis entrar em detalhes sobre os depoimentos. "Prefiro não falar para não atrapalhar os trabalhos", sintetizou. Inquérito Segundo o delegado, o inquérito sobre o desaparecimento de Emily já tem quase 300 páginas. No total, 35 pessoas já foram ouvidas e prestaram esclarecimentos. Em entrevista anterior, Luiz Carlos Freitas Nascimento afirmou que “todo mundo é suspeito, até mesmo os pais, que são separados há três a quatro anos”. Emily teria recebido ameaças de pessoas próximas à família dela e essa pode ser uma das linhas de apuração para chegar até o paradeiro da criança. O sigilo telefônico dos suspeitos de terem desaparecido com a menina foi autorizado pela Justiça no último dia 16. O delegado Luiz Cláudio aguarda o envio da relação de ligações das operadoras de telefonia. Após analisar imagens de segurança, a polícia descartou a possibilidade de que a criança tenha passado por um posto de combustível e por um shopping de Montes Claros, após o crime. Também foram descartadas as chances do corpo da menina estar no rio Pardo, que corta a cidade, onde foram feitas buscas no domingo e na últma segunda-feira (20). Desaparecida Emily Ketlem, que possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.), sumiu enquanto brincava na porta de casa, no último dia 4, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, bairro Cidade Alta. Os pais são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas. Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. Um carro preto teria sido visto rondando a residência no dia do crime. Na sexta-feira (17), Emily completou 8 anos, mas a festa que teria bolo de princesas acabou sendo adiada. De acordo com uma tia da menina, ela estava eufórica com a proximidade do aniversário e até a lista de convidados estava pronta. Como ainda está na fase de alfabetização, a garota pediu para que os parentes soletrarem os nomes dos amiguinhos que gostaria de convidar para a comemoração. A festa seria feita no no dia 12, coincidindo com o Dia das Mães. O pai da menina, Leandro Campos, negou que tenha envolvimento com o desaparecimento da filha e que tenha tido alguma briga grave em família. "De fato, eu, Tatiany e Jocasta (a mulher dele) já nos desentendemos quanto aos horários de passeio de Emily, mas essa briga tem mais de dois anos. Depois disso, resolvemos dar atenção para o bem-estar da minha filha e começamos a ter um relacionamento que fosse o mais respeitoso possível", relatou Campos. Tráfico internacional Segundo o delegado, há uma possibilidade remota de tráfico internacional de pessoas. Ele entregou a um juiz da comarca um pedido para que a Polícia Federal realize um rastreamento da menina nos portos e aeroportos do país. Além disso, requisitou que fotos dela fosse afixadas nesses locais. A polícia não acredita que Emily tenha se perdido, também considerando as informações coletadas nos depoimentos, principalmente a versão da mãe. "Tatiany nos informou que a garotinha sabe o endereço de casa e também é muito conhecida na cidade. Começamos a lidar com as hipóteses de roubo ou rapto infantil", disse o investigador Eduardo Viana, que presta auxílio no caso. A Polícia Civil pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico de pessoas ligadas a Emily e já descartou a hipótese de a menina ter ido para São Paulo com um homem desconhecido. Segundo o delegado, o ônibus foi interceptado e a garota não foi achada. Informações A Polícia Civil pede para as pessoas que puderem ajudar nas investigações com informações sobre o paradeiro da criança entre em contato pelo telefone: 0800-2828-197. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar. Fonte: HD,Via Gazeta de Araçuaí


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