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"Bola" é condenado a 22 anos de prisão por morte de Eliza Samúdio
14 de Jan de 2025 | 10:00h"Bola" é condenado a 22 anos de prisão por morte de Eliza Samúdio Fonte: Portal HD FOTO:Foto: Renata Caldeira Após seis dias consecutivos de julgamento,os jurados decidiram que foi o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", que executou a modelo Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza. Pela condenação, a juíza Marixa Fabiane Lopes determinou pena de 22 anos. Além desse crime, ele é acusado, também, de integrar um grupo de extermínio composto por policiais civis e é investigado por pelo menos outros dois homicídios. Em novembro de 2012, ele foi absolvido da morte de um carcereiro. Pelo assassinato de Eliza Samudio, "Bola" foi sentenciado a 19 anos de prisão em regime fechado. Além do homicídio, o Conselho de Sentença, formado por quatro homens e três mulheres, definiu que o ex-policial ocultou o cadáver da vítima. Pelo crime, ele foi condenado a três anos de prisão em regime aberto e, também, a 360 dias/multa ou ao pagamento de R$ 6.120. Ele não poderá recorrer da sentença em liberdade. Os jurados conderam o réu por 4 a 0 na autoria dos crimes e qualificadoras de asfixia e 4 a 1 na defesa da vítima. Ao contrário do goleiro Bruno, e de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", que confessaram parcialmente participação no assassinato, Marcos Aparecido alegou inocência. "Se eu morresse acabaria esse martírio", chegou a declarar. Não adiantou fantoche, ajoelhar mediante aos jurados, apelar para xingamentos e reportagens, a defesa não conseguiu convencer os jurados da inocência de "Bola". O promotor Henry Vasconcelos, com sua atuação efusiva e eloquente, foi mais afirmativo e categórico ao chamar o réu de "matador, assassino de aluguel, psicopata, profissional na arte de matar". Logo após o julgamento, que durou seis dias e terminou no fim da noite deste sábado (27), os advogados dele sinalizaram que irão recorrer da decisão. A família de Marcos Aparecido chorou copiosamente após a leitura da sentença. Do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o julgamento foi realizado, "Bola" seguiu algemado e escoltado para Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Sebastião de Bicas, também na Grande BH. Por matar Eliza, ele já cumpre pena desde 2010 e, conforme a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), "Bola" deverá permanecer detido no complexo, que é destinado para receber ex-policiais condenados. Confronto Várias polêmicas marcaram o julgamento do ex-policial. No último dia de sessão, o promotor classificou o ´réu como "desgraça, bandido, canalha, vagabundo, mentiroso, estúpido, crápula e covarde". Além disso, ele disse que "Bola" é "matador, assassino de aluguel, psicopata e profissional na arte de matar". Os advogados de defesa não ficaram para trás e retrucaram, chamando o representante do Ministério Público (MP) de "alienígena". Nos seis dias em que ocorreu o júri, o advogado Ércio Quaresma foi o protagonista das confusões. No quarto dia de julgamento, quando interrogava o delegado aposentado Edson Moreira, ele teve a palavra cassada pela juíza. A magistrada alegou que o defensor estava desrespeitando e coagindo a testemunha. Outros julgamentos Ainda serão julgados pelo sumiço de Eliza Samudio o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva, e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e vão a júri popular em 15 de maio. Condenação O goleiro Bruno Fernandes de Souza foi condenado, em março deste ano, a 22 anos e três meses por tramar e mandar matar a ex-amante Eliza Samudio. Dayanne Rodrigues, que foi julgada junto com seu ex-marido, foi denunciada por sequestro e cárcere privado do filho que o atleta teve com Eliza, no entanto, foi absolvida das acusações. No entendimento dos jurados, ela ficou com a criança por coação. Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, também foram julgados e condenados em novembro de 2012. "Macarrão" foi sentenciado a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. Já Fernanda vai responder por dois crimes: de sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e de seu filho, Bruninho, com pena de 2 e 3 anos respectivamente, ambas em regime aberto. Fonte: Portal HD,Via Gazeta de Araçuaí
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