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Reitor da UFVJM diz em Araçuai que luta pela Universidade deve continuar

14 de Jan de 2025 | 10:00h

Reitor da UFVJM diz em Araçuai que luta pela Universidade deve continuar O professor Pedro Ângelo, reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) disse que a mobilização política para implantação de três campi da Universidade na região não terminou. Segundo ele, “ a luta continua”, ao se referir sobre os próximos passos que deverão ser tomados para que o sonho de implantar a UFVJM em Araçuai, Capelinha e Almenara, se torne realidade. “ É preciso agora, reunir toda a documentação necessária e fazer “lobby” junto às lideranças políticas, deputados e senadores e marcar uma audiência com o Ministro da Educação para efetivar a implantação da Universidade”, afirmou . “ A mobilização foi positiva mas, ainda tem muito trabalho pela frente”, alertou Pedro Ângelo. As declarações foram dadas durante audiência pública realizada em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha (MG) na manhã de quinta-feira (28). Cerca de 400 pessoas participaram da reunião, realizada no Salão Nobre do Colégio Nazareth, com a presença de prefeitos, vereadores, estudantes, professores e lideranças regionais. Na audiência, foram ratificadas as opções pelos cursos na área de engenharia tecnológica, escolhidos durante seminário realizado em Araçuai, em novembro passado, e o terreno para construção dos prédios da universidade. Polêmica na escolha do terreno Houve impasse com relação à escolha de um terreno de 40 hectares nas proximidades do Instituto Federal Norte de Minas (IFNMG) doado pela fazendeira Terezinha Miranda, a mesma que doou a área para construção do Instituto. Após a escolha de Araçuai para sediar um dos campi da Universidade, quatro terrenos foram disponibilizados por empresários, porém, apenas dois foram considerados com área adequada, e finalmente escolhido o da fazendeira Terezinha Miranda. “ Foi uma decisão técnica”, afirmou o reitor Pedro Ângelo. O empresário Marcos Ursine, se dispôs a doar 30 hectares na região conhecida por “Taboa”, próxima aos bairros Pedregulho, Nova Esperança, Piabanha, Lazaredo, Arraial e Corredor . Juntos, eles concentram perto de 1.200 famílias, a maioria, de baixa renda. A área está próxima ao Complexo Fruta Boa, empreendimento custeado com verbas do governo federal e que deveria ser utilizado para processamento de frutas.Hoje se encontra abandonado. Representantes dos bairros protestaram quanto à escolha, através de faixas levadas para a entrada do salão onde foi realizada a audiência. Em uma delas, a mensagem “ UFVJM tem de ir aonde o povo está”, e em outra, “ A Taboa tem tudo que a UFVJM quer: Infraestrutura, água, luz, asfalto e povo” Eles afirmaram que vão continuar lutando para tentar reverter a situação e garantir a construção do Campi na área da Taboa. “ Pensei que haveria discussão pela população, sobre a escolha do terreno, mas, já veio tudo decidido”, disse o prefeito de Ponto dos Volantes, Márlio Costa(PDT). “ Se houver questionamentos ou denúncias quanto aos critérios de escolha, vamos abrir um edital público para adquirir o terreno”, disse o reitor. De acordo com os representantes do movimento “ A UFVJM é Nossa”, com a opção pelos cursos na área de engenharia tecnológica, haverá a necessidade de uma área maior para a construção de um parque tecnológico. “ O ideal é uma área de 120 hectares”, defendem. “Nada impede que o Campi da universidade seja em um local e o parque tecnológico em outro”, explicou o reitor que elogiou a postura dos proprietários dos terrenos. “ Aqui em Araçuai estão brigando para doar. Não vi isso em outros lugares. Em Almenara, há interessados em vender”, acrescentou. “Não me falaram nada a respeito desta expansão. Mantenho a palavra em doar a área”, afirma Marcos Ursine. " Ele poderia ter feito esta colocação durante a audiência", explicou Nádia Fonseca, do Movimento " A UFVJM é Nossa". Infraestrutura Questionado sobre a falta de infraestrutura existente na área aprovada e a sua distância de núcleos populacionais carentes, o reitor Pedro Ângelo lembrou que em Diamantina, a Universidade está a 7 km do centro da cidade, em Unaí a 10 e em Janaúba a 8 km. “ Os governos estadual e municipal devem unir esforços para garantir aos estudantes carentes o transporte escolar cuja manutenção , provém de recursos públicos que são do povo. Com relação à infraestrutura, o MEC dará a dotação orçamentária necessária”, disse ele, contrariando declaração dada em sua primeira visita à Araçuai quando destacou que " Não adianta uma área ter mil hectares, se 90% dela é área de preservação ambiental, é rochosa ou alagadiça. As condições de infraestrutura existentes, como eletrificação, disponibilidade de água potável, coleta de esgoto e facilidade de acesso, são questões importantes que a Universidade não tem como investir". Para a maioria, no entanto, o importante é que a UFVJM seja implantada em Araçuai. Fonte: Gazeta de Araçuai Sérgio Vasconcelos Repórter


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