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II Seminário da UFVJM em Capelinha movimenta estudantes, professores e lideranças do Vale
15 de Jan de 2025 | 10:00hII Seminário da UFVJM em Capelinha movimenta estudantes, professores e lideranças do Vale Evento contou com 153 pessoas, representando 15 municípios da região. Foto:Blog regiscap1 Debate sobre cursos de Ciências Agrárias foi rico em conteúdo e encheu de esperanças a juventude da região. O II Seminário Campus da UFVJM em Capelinha movimentou muita gente da cidade e representantes de 15 municípios da microrregião. Estudantes, professores, técnicos, gestores públicos e lideranças de diversos setores estiveram presentes no evento. Foram 153 pessoas de 15 municípios da microrregião de Capelinha, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas. Foi realizado nesta sexta-feira, 26 de outubro, no Galpão Cultural, Parque de Exposições, em Capelinha. Organizado pelo Movimento A UFVJM é nossa o II Seminário versou sobre os cursos de Ciências Agrárias, tendo como palestrantes professores e pesquisadores da UFVJM, UFMG e IFNMG, campus Araçuaí. O evento teve o apoio da Prefeitura e Câmara Municipal de Capelinha, empresas e entidades públicas. Na abertura do Seminário, Pedro Vieira, prefeito de Capelinha, disse que Capelinha e a região terão novo ciclo de desenvolvimento com a implantação do campus da UFVJM. E propôs que todos fossem ousados e já estavam sendo. Ninguém da nossa região invejaria o sul de Minas. Todos juntos iriam construir uma sociedade próspera e justa, atraindo pessoas e investimentos, criando construções para uma nova era. Palestras O engenheiro agrícola Natalino Gomes, professor da IFNMG, fez um panorama sobre a educação de ensino médio na região, os sonhos da juventude em estudar perto de casa e a grande importância do Movimento A UFVJM é nossa. O professor Natalino, natural da comunidade rural do Maracujá, em Capelinha, dissertou sobre a importância de formação integral da juventude, chamando a atenção para o grande número de jovens que saem da região à procura de formação graduada e de trabalho em outros lugares. Destacou as potencialidades regionais e o grande impacto na implantação de um campus da UFVJM na cidade, impactando o desenvolvimento em toda a microrregião e do próprio Vale do Jequitinhonha. O economista e professor de desenvolvimento rural, da UFMG, campus Montes Claros, Eduardo Ribeiro, falou da riqueza do Vale do Jequitinhonha, do fabuloso conhecimento produzido pela sua população, patrimônio valioso e pouco conhecido por centenas de pesquisadores de institutos de pesquisa e governos. O conhecimento do cerrado e caatinga, grotas, capões, ribeirões, plantas, animais, a produção de saberes e de sistemas de produção peculiares, de arranjos sociais e culturais pouco vistos em outros lugares foram destacados por este pesquisador do Vale do Jequitinhonha, com diversos livros e artigos publicados sobre migração, agroecologia e sistemas agrícolas. Eduardo destacou os impactos de um campus em Capelinha e alertou para os desafios de instalação de cursos de ciências agrárias que exigem muitos investimentos, necessitando de manutenção de fazendas experimentais e laboratórios sofisticados. Ele fez um apanhado sobre cursos já instalados no Vale e no norte de Minas, na área de ciências agrárias, citando Diamantina, Montes Claros, Janaúba, Januária, Teófilo Otoni e a possibilidade de campus do IFNMG de Araçuaí e Almenara instalarem cursos destas áreas. Gilciano Nogueira, diretor da FCA – Faculdade de Ciências Agrárias da UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, dissertou sobre os cursos de Ciências Agrárias, fez uma comparação sobre cursos de ensino médio, técnico, cursos de colégio, e uma Universidade. Relatou o que é uma Faculdade com a instalação de cursos de graduação, mas salientou que a Universidade é muito mais que isso. A Universidade se realiza principalmente pela produção de conhecimentos que se dá pela pesquisa. Como também pela extensão e validação destes conhecimentos junto à sociedade, destacou. O professor Gilciano fez elogios rasgados ao Movimento A UFVJM é nossa, dizendo que ele dá a mão à palmatória quando, como membro do CONSU – Conselho Universitário da UFVJM, aprovou campus de Unaí e Janaúba, por imposição vinda do MEC. Mas o movimento social do Vale mostrou que a Universidade é realmente do Jequitinhonha e seu povo quer assim. Esta vigilância, cobrança e alerta do povo do Vale levou a todos da UFVJM a sentir a ficha cair. A Direção da UFVJM hoje tem mais autonomia para decidir, com a consulta da sociedade da região, para onde a Universidade deve ir. Terminou sua fala, elogiando iniciativas como a do povo de Capelinha e região, com representantes de diversos municípios, ao realizarem Seminários e debates para a construção de um campus realmente da cidade, da microrregião. Pois, em outros lugares não foi assim. Em Diamantina, nem debate foi realizado depois de criados os cursos. Alertou para que a cidade se prepare ainda mais para receber a instalação do campus, pois instalar é fácil, manter é o mais difícil, concluiu. Debates Os debates tiveram perguntas e inquietações, principalmente de estudantes de ensino médio de cinco Escolas Estaduais de Capelinha e de professores que trabalham atualmente e pretendem fazer mestrado, não podendo sair do trabalho profissional, nem da cidade. Alguns ficaram preocupados porque só se discutiu cursos de ciências agrárias. Outros propuseram cursos de ciências sociais e humanas, como também de saúde. Os palestrantes e organizadores do Seminário explicaram que este é um dos momentos de formação e informação da sociedade para melhor escolha dos cursos que será em outra data. Os três palestrantes sugeriram que cursos de ciências agrárias que ainda não existem na região norte e nordeste seriam mais viáveis como Engenharia Agrícola, Medicina Veterinária e Engenharia Ambiental. Mas, destacaram a importância de cursos de Ciências Sociais Aplicadas ( Direito, Administração, Administração Pública, Economia, Psicologia, Serviço Social e outros) assim como cursos de Licenciatura. Conclusões No final, Álbano Silveira Machado (Banu), da Comissão Organizadora, fez as considerações finais, agradecendo aos palestrantes e a todos participantes do Seminário. Informou que acontecerão outros Seminários. Já estão programados os de Ciências Sociais Aplicadas e de Licenciatura, assim como pode acontecer um sobre Parque Tecnológico e de outras áreas de ciências. Disse ainda que a área física em que será implantado o campus será em terras da APERAM. Após aquisição da área, a Prefeitura Municipal se comprometeu a fazer a doação à UFVJM. Informou que documentos digitalizados de todas as áreas físicas de propriedade da APERAM em torno da cidade de Capelinha estão sendo estudadas pela Diretoria de Infra-Estrutura da UFVJM. Em poucos dias, os trabalhos técnicos estarão concluídos. No primeiro semestre de 2012, deverá haver uma Audiência Pública para a escolha dos cursos do campus. Também neste período, a Reitoria poderá publicar uma Chamada Pública para doação da área física para o campus, quando a Prefeitura de Capelinha fará a doação oficial. Logo após, será apresentado um projeto técnico de criação do campus ao Ministério da Educação para a alocação de recursos financeiros, humanos e materiais. Pretende-se iniciar a construção do campus em 2014 e iniciar as aulas em 2015. Este é nosso cronograma de trabalho e de luta, concluiu Álbano. FONTE:Via Blog do Banu
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