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Capelinha: Seminário dá arrancada para implantação de campus da UFVJM
06 de Jan de 2025 | 10:00hCapelinha: Seminário dá arrancada para implantação de campus da UFVJM Foto: José Carlos Machado Reitor da UFVJM parabeniza Capelinha pela mobilização social e conquista da primeira etapa na implantação de campus, mas alertou para necessidade de gestões políticas junto ao MEC e Governo Federal. Plenário da Câmara Municipal de Capelinha lotado com 175 participantes. O Reitor Pedro Ângelo Almeida Abreu, afirmou que “o Movimento a UFVJM é nossa desencadeou uma grande mobilização social para a conquista de campus. Capelinha está de parabéns por esta primeira vitória. Agora, é necessário fazer gestões junto ao Ministério da Educação para a concretização da proposta. A UFVJM está fazendo a sua parte”. Assim pronunciou o Reitor da UFVJM, no Seminário sobre implantação de campus em Capelinha, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas. O evento foi organizado pelo Movimento A UFVJM é nossa, com apoio da ACIAC - Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Capelinha, APERAM Bioenergia, Prefeitura e Câmara Municipal. Mesa do Seminário (da direita para a esquerda da foto): Maurício Teixeira da ACIAC; Secretária de Educação de Capelinha; Professor João Valdir (UFMG), Prof Joerley Moreira (UFVJM); Pró-reitor de Pesquisa e Extensão, Alexandre Cristófaro (UFVJM): Reitor Pedro Ângelo Almeida Abreu (UFVJM), Welito Victor, Assessor de Comunicação da Prefeitura de Capelinha, Martha Sampaio e Álbano Silveira Machado, do Movimento A UFVJM e Nossa. Reitor Pedro Ângelo Almeida Abreu, da UFVJM - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Ele acredita que com a doação de um terreno à UFVJM e a escolha de cursos pela população feita em Audiência Pública o campus pode se viabilizar com mais facilidade e adiantar uma decisão do Ministério de Educação e Presidência da República. Pedro Ângelo informou que um campus com cerca de 7 cursos demanda recursos de cerca de R$ 70 milhões, com 100 professores e 150 técnico-administrativos. Discurso de Welito Victor (em pé), Assessor de Comunicação da Prefeitura de Capelinha, dando boas vindas aos participantes. Vários questionamentos foram proferidos em relação ao calendário de implantação de campus. Ele reforçou a afirmação que a UFVJM vem cumprindo a sua parte. O resto é com o MEC, através de pressão política. "Se houver pressão, pode começar em 2014, em 2013 é impossível", concluiu. Pedro Ângelo afirma que o Prefeito Pedro Vieira já esteve com ele e o Deputado Reginaldo Lopes (PT) no MEC,em Brasília, fazendo gestões para viabilizar o projeto do campus. Terreno para a construção Ao chegar em Capelinha, na parte da manhã, o Reitor Pedro Ângelo vistoriou algumas áreas da APERAM, acompanhado por uma Comitiva do Movimento A UFVJM é nossa, de técnicos da empresa e de representantes políticos da Prefeitura de Capelinha. Logo após o Seminário, o Reitor se reuniu no escritório da APERAM com o Diretor Estadual Paulo Sadi, representantes políticos da Prefeitura de Capelinha e o presidente da ACIAC – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Capelinha, Maurício Teixeira. Na reunião, ficou definido que a área mínima do campus seria de 35 hectares. Se houver cursos de Ciências Agrárias e necessitar de uma Fazenda Experimental a área poder ser maior. Depende dos cursos a serem escolhidos pela população. A Prefeitura Municipal fará a doação da área necessária à UFVJM, em uma parceria com a APERAM. A área a ser escolhida será determinada através de estudos técnicos do Departamento de Infra-Estrutura da UFVJM que serão feitos nos terrenos da empresa nas proximidades da cidade. O Diretor da APERAM , Paulo Sadi, informou que a empresa está disposta a contribuir para que o projeto possa se concretizar, ajudando a cidade a se desenvolver. Exemplo de democracia “Este é um exemplo para a implantação de um campus universitário. A sociedade de Capelinha está de parabéns por esta iniciativa de realização de um debate democrático”. Vice-diretor da Faculdade de Ciências Agrárias da UFVJM, Joerley Moreira, elogiou a organização e o debate democrático na construção da concepção do campus. Esta foi a afirmação do professor Joerley Moreira, vice-diretor da Faculdade de Ciências Agrárias, da UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em palestra no Seminário, na Câmara Municipal. Natural de Rubim, no Baixo Jequitinhonha, e com muitas pesquisas na região, ele discorreu sobre cursos de Ciências Agrárias (Engenharia Florestal, Agronomia, Zootecnia, Engenharia Hídrica e outros). Destacou a importância desta área da ciência para o atendimento a uma vocação e impulso ao desenvolvimento regional. Professor João Valdir Alves de Souza, da UFMG, emocionou a todos com sua sensibilidade e profundo conhecimento da educação, relembrando suas raízes no Vale, na cidade natal de Turmalina. João Valdir Alves de Souza, professor da UFMG, Coordenador do Colegiado Especial de Licenciatura, levantou a platéia com suas intervenções emocionantes em defesa da formação de professores da educação básica. Falou sobre sua origem, na zona rural, à beira do rio Itamarandiba, em Turmalina. A plenária formada majoritariamente por professores, gestores da educação e estudantes, se levantou várias vezes para aplaudi-lo pela sua defesa da profissão do professor e da valorização da qualidade de ensino nas modalidades da educação infantil, ensino fundamental e médio. João Valdir defendeu a criação de cursos de Licenciatura e se colocou à disposição para participar em outros momentos para que esta meta seja alcançada. Disse que esta formação básica era primordial até mesmo para formar estudantes que chegam à Universidade melhor qualificados e com consciência crítica. Álbano Silveira Machado (Banu), do Movimento A UFVJM é nossa falou do desafio de construção de um campus com a participação de toda a sociedade e registrou a grande mobilização social que Capelinha desencadeia para alcançar seu sonho. Rômulo Barbosa, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social da UNIMONTES, dissertou sobre a experiência de uma Universidade regional e seu compromisso com o povo do seu território. Ele foi taxativo em dizer que uma das coisas que não se poderia abrir mão na implantação do campus seria a qualidade do ensino, pesquisa e extensão. A professora aposentada Nenem Sampaio, do Movimento A UFVJM é nossa, disse que este Seminário era um grande passo para a conquista do campus. O Movimento continuava na luta com Capelinha e região. Após as palestras, aconteceu o debate com diversas perguntas e as possibilidades de um ou outro curso. Todos os palestrantes destacaram que a escolha dos cursos seria feita pela população de Capelinha e representantes dos 25 municípios da microrregião. Foi acordado que seminários e encontros para discussões específicas das áreas de Licenciatura, Ciências Agrárias e Ciências Sociais Aplicadas deveriam se realizar para aprofundar os conhecimentos e balizar as decisões de cursos a serem instalados no campus da UFVJM em Capelinha. Depois, o próximo passo seria apresentar um projeto ao MEC com a doação oficial da área para construção do projeto de uma Cidade Universitária. FOTO:BLOG DO BANU
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