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Sob suspeita de corrupção,ex-delegado de Araçuai é investigado pelo MP
22 de Jan de 2024 | 10:00hEle e cinco investigadores são suspeitos de pedir propina para quadrilhas de roubo de cargas.
Fonte: G-1/Gazeta de AraçuaiFoto: arquivo
Bernardo Pena Sales foi transferido de Araçuai, após duras críticas da sociedade sobre sua atuação na Comarca
O delegado da Polícia Civil, Bernardo Pena Sales, e cinco investigadores de Polícia Civil de Uberlândia são alvo de uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) que apura corrupção policial praticada pelos policiais.
Na manhã desta quinta-feira , 23 de junho, três mandados de prisão foram cumpridos e a operação segue em andamento.
O G1 procurou a assessoria de comunicação da Polícia Civil em Belo Horizonte e aguarda retorno sobre o assunto.
As investigações iniciaram há quatro meses e é uma força-tarefa de quatro promotorias da cidade.
Segundo apurado pelo Ministério Público, os policiais faziam uma investigação paralela à da Polícia Federal (PF) e mapeavam duas organizações criminosas que atuavam no roubo de cargas na região. Em seguida, eles faziam o flagrante dos criminosos e subornavam para que pudessem ser liberados, forjando o boletim de ocorrência.
Entre os suspeitos investigados estão o delegado Bernardo Penna Sales, que foi transferido de Uberlândia para a regional de Governador Valadares , e os investigadores Rodrigo Luiz Felix Borges, Rodolfo Cardoso Ribeiro, Fabrício Rocha Santos, Rogério Bonfim de Almeida e Fernando Rodrigues Silva.
O G1 não teve acesso à informação de possíveis defensores dos envolvidos para pedir posicionamento sobre o caso.
De acordo com um dos promotores da investigação, Daniel Marotta Martinez, os policiais pediam propina aos integrantes das quadrilhas investigadas durante as operações “Catira” e "Fideliza”, ambas da Polícia Federal.
"Era algo feito às escuras. Com base em informações que eles levantavam sobre as organizações, criavam uma situação e prendiam em flagrante os criminosos. Depois chamavam os autores e faziam certo acerto para liberá-los", comentou.
Uma coletiva de imprensa será concedida pela Promotoria ao fim da primeira fase da operação para mais detalhes das investigações. Outros suspeitos devem ser investigados.
Fonte: G-1/Gazeta de Araçuai
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